A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) teve sua identidade de gênero negada durante o processo de emissão de visto diplomático para participar de uma conferência acadêmica nos Estados Unidos. A parlamentar define a política americana como “transfóbica” e desistiu da viagem.
Erika solicitou uma reunião com o ministro Mauro Vieira, além de já estar articulando uma ação jurídica internacional contra o governo de Trump.
“A transfobia de estado, quando praticada nos Estados Unidos, ainda pede uma resposta das autoridades do poder judiciário americano. Mas, quando invade um outro outro país, pede também uma resposta diplomática, uma resposta do Itamaraty. É uma política higienista e desumana que além de atingir as pessoas trans também desrespeitam a soberania do governo brasileiro em emitir documentos que devem ser respeitados pela comunidade internacional”, comentou.
Uma nota publicada pela embaixada americana declarou que só reconhece os sexos masculino e feminino. A parlamentar poderia ir aos Estados Unidos, mas como homem.
“A embaixada dos Estados Unidos informa que os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, consta na nota.
Governo Americano emite visto masculino para Erika Hilton; Deputada aciona MRE
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