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Na sexta-feira (23/05), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ameaçou prender o ex-deputado federal Aldo Rebelo durante audiência na qual a Corte ouve testemunhas de defesa dos réus do núcleo 1 acusados de tentativa de golpe.
Rebelo foi indicado como testemunha do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Durante a oitiva, realizada por videoconferência, Moraes afirmou que o deputado deveria ser mais objetivo ao responder os questionamentos. Rebelo disse que não admitia censura e foi repreendido pelo ministro.
“Se o senhor não se comportar, será preso por desacato”, disse Moraes.
O episódio aconteceu após Aldo tentar interpretar a suposta fala de Garnier em uma reunião realizada por Bolsonaro, em 2022, para apresentar estudos para decretação de medidas de exceção aos comandantes das Forças Armadas. A investigação aponta que Garnier teria colocado a Força à disposição de Bolsonaro caso fosse decretado estado de sítio ou de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no final de 2022.
De acordo com Aldo Rebelo, a língua portuguesa é repleta de “força de expressão”, mas a fala acabou irritando o ministro.
“O senhor estava na reunião? Então, não tem condições avaliar a língua portuguesa”, afirmou Moraes.
Os depoimentos seguem até o dia 2 de junho, onde serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa dos acusados. Após o depoimento das testemunhas, os réus que compõem o núcleo 1 serão convocados para o interrogatório, que ainda não tem uma data definida.
Os réus que compões o núcleo 1 são: Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, general Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid.
“Se não se comportar, será preso”: Moraes ameaça ex-deputado durante audiência
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