O Tribunal Regional Eleitoral formou maioria na decisão de negar o habeas corpus pedido pela defesa da vereadora Tatiana Medeiros (PSB). A sessão aconteceu por meio de teleconferência, na tarde desta segunda-feira (14/04).
Após a definição, a parlamentar, que está afastada da Câmara Municipal de Teresina, continuará presa no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí (PM-PI).
O juiz José Maria de Araújo Costa foi o único que votou a favor do habeas corpus, porém, também ressaltou que as ações da Polícia Federal (PF) identificaram evidências de que Tatiana não seria inocente das acusações, mas seria regente da rede criminosa.
“Fundamentando-se na apuração realizada pela Polícia Federal, elementos informativos, em especial, a análise global das mensagens trocadas pelos investigados, sugerem que Tatiana não figuraria apenas como espectadora agraciada com as atuações dos demais, mas sim como regente da rede criminosa, além de beneficiada com a compra de votos e financiamento de campanha”, comentou.
Devido aos dados levantados na Operação Escudo Eleitoral II, o processo seguirá sem que Tatiana possa responder em liberdade.
O esquema
Entre os delitos apreciados no processo estão: Estreita relação com o crime organizado, por meio de Alandilson Cardoso Passos (suposto namorado da vereadora), proeminente movimentação financeira entre os investigados, intensa cooptação de eleitores e compra de votos via PIX, apreensão de documentos e papeis da Organização Não Governamental, “Vamos Juntos”, que teria sido usada para receber recursos oriundos de facção criminosa para dissimular a origem dos valores.
Durante a sessão, também foram citadas quantias apreendidas com Tatiana Medeiros. R$ 87 mil foram confiscados na residência e R$ 10 mil no teto do escritório de advocacia da investigada.
Tatiana Medeiros continuará presa após TRE formar maioria contra concessão de habeas corpus
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