Após anunciar tarifas de até 145% sobre todos os produtos importados da China, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou da decisão e isentou dispositivos eletrônicos como smartphones, laptops e semicondutores da nova taxação.
A lista de exceções, divulgada pela alfândega americana, inclui computadores, processadores, discos rígidos e chips de memória. Na prática, gigantes do setor tecnológico como Apple, Dell, Intel e NVIDIA saem beneficiadas, uma vez que grande parte de seus componentes são produzidos ou montados em território chinês.
Além disso, os itens listados também ficam fora da tarifa básica de 10%, que incide sobre países como Índia, Taiwan e Vietnã — polos importantes na cadeia global de fornecimento de eletrônicos. Procurada, a Casa Branca não se manifestou oficialmente sobre o recuo. Em declaração a apoiadores, Trump se limitou a dizer que daria uma resposta na segunda-feira. “Seremos muito específicos […] Estamos recebendo muito dinheiro, como país”, completou.
A medida repercutiu de forma imediata no cenário internacional. Em nota oficial, o governo chinês afirmou que este é um pequeno passo dos Estados Unidos na direção de corrigir seu erro ao impor unilateralmente ‘tarifas recíprocas’. As autoridades de Pequim também pediram que Washington suspenda completamente a tarifa de 145% ainda vigente sobre outros produtos chineses, e encerraram a nota com um provérbio popular. “O sino no pescoço de um tigre só pode ser desamarrado por quem o amarrou.”
Trump recua e retira tarifas de celulares, computadores e chips de importações chinesas
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